Quando entrei na sala para o curso “Introdução aos Estudos de Género”, percebi logo o que me esperava. Ou ficava calada num canto da sala e tentava passar despercebida, ou enfrentava uma humilhação total.
Desde o início do curso, ficou claro qual era a linha da minha professora: propaganda do “feminismo da terceira vaga” e mensagens ideológicas bastante evidentes. Ela promove o Referendo das Mulheres, defende o transfeminismo e aborda temas polémicos como a “violência durante o parto”.
Não me entenda mal: sou a favor de diálogos abertos sobre assuntos tabus. Discussão saudável e troca de ideias são fundamentais para uma sociedade democrática. Mas o que se passava ali ia além da simples informação.
Até aqui, tudo bem. Participo de vez em quando nas aulas, mas mantenho um perfil discreto. Até que o inevitável acontece: temos de escolher temas para apresentações. E, surpresa das surpresas — NINGUÉM quer apresentar sobre o aborto. Nem eu. Mas, como recentemente tive contacto com o sofrimento causado pelo aborto, já não há volta a dar. Não posso ignorar uma injustiça! Por isso, aceito o tema.
A minha investigação é de partir o coração!
Ver que…
… um embrião já tem batimentos cardíacos na 6.ª semana, ou dá cambalhotas e chupa no dedo polegar por volta da 12.ª semana — e até esse ponto pode ser legalmente abortado na Áustria…
… entre uma em cada três a quatro gravidezes na Áustria termina em aborto. Isso representa mais de 35.000 bebés todos os anos!
… as consequências psicológicas, como pesadelos, depressão, perturbações de ansiedade e tentativas de suicídio, aumentam drasticamente após um aborto!
… e como, por exemplo, é realizado um aborto cirúrgico por curetagem (não recomendado para os mais sensíveis!) — entre muitas outras coisas.
Agora sei com ainda mais clareza: NÃO POSSO FICAR EM SILÊNCIO!
Apresento o meu trabalho de forma científica e competente, com a esperança de que os factos falem por si e toquem, pelo menos, um coração (de um estudante).
Fica logo evidente que isso não agrada à corrente dominante de esquerda: a meio da minha apresentação, a professora interrompe-me com irritação, exige saber as minhas fontes num tom exaltado, desacredita rapidamente o movimento pró-vida (que eu nem sequer tinha mencionado!), e deixa-me completamente humilhada ao voltar para o meu lugar. Tanto se fala de liberdade de expressão e de uma sociedade progressista…
Fico com os olhos cheios de lágrimas e uma profunda vergonha. Nunca tinha sentido tamanha humilhação.
Perguntas se valeu a pena?
Sim, sim e mil vezes SIM!
Se eu souber que, por causa disto, nem que seja um único ser pequenino foi poupado de ser arrancado do seu lar mais seguro — o ventre da sua mãe — então tudo valeu a pena.
Aos colegas homens do meu curso, deixo este apelo: Apoiem a vossa parceira! Não a abandonem — nem a ela, nem ao vosso filho!
Às colegas, digo: Sejam corajosas! Não deixem que o mundo vos diga o que podem ou não podem fazer! São mais fortes do que imaginam e não estão sozinhas! Por um futuro cheio de vida e amor. Vida é vida — desde a conceção até a morte natural. SEM EXCEÇÕES!